Voyage: Dispersão e Convergência
Óleo sobre tela I medidas variáveis I 2021
“Como mulher, eu não possuo país. Como mulher, meu país é o mundo todo.” Virginia Woolf
Em seu livro, “Mulheres Viajantes”, a historiadora brasileira Norma Telles diz que o termo Voyage era usado, desde o século XVII, para designar tanto deslocamentos de vários tipos quanto a narrativa dessas experiências. Pensando que sempre existiram mulheres que ansiaram por partir, e o fizeram, esta série tem como foco registrar os itinerários das longas jornadas percorridas por este grupo de mulheres, cuja potência é a vontade de ação. O nomadismo, aqui, é visto como uma estratégia de fuga dos processos homogeneizantes identitários. A dispersão a que se refere o projeto é o deslocamento, a criação de jornadas e expedições. A convergência, por sua vez, se dá no desejo de criação de novos espaços, nas trocas de experiências e reinvenções de si.